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quinta-feira, 14 de abril de 2011

Lixões na cidade de Natal

Infelizmente, a situação do lixo em Natal é extremamente caótica após mais de dois anos de uma administração incompetente. Para a Promotoria de Justiça do Meio Ambiente, nunca foi visto nada igual nos últimos dez anos. Trata-se de um quadro de descaso e abandono, de inépcia e incúria. Segundo o presidente do Sindicato dos Empregados em Empresas de Asseio, Conservação e Limpeza do RN, a dívida da Prefeitura com a Urbana já ultrapassa a casa dos R$ 20 milhões. O diretor de Operações da Urbana reconhece uma dívida de R$ 5 milhões com Braseco, empresa que opera o Aterro Sanitário. Não à toa, o último presidente da Urbana abandonou sua direção após apenas oito dias de empossado. Um contrasenso.

Por isso mesmo, é altamente preocupante a informação do diretor da Braseco de que, por falta de pagamento por parte da Prefeitura do Natal, o aterro metropolitano pode se transformar num lixão a céu aberto. O aterro, por definição, é um local de destinação final dos resíduos sólidos que leva em conta toda uma tecnologia que não agride o meio ambiente, com a infiltração de líquidos no solo (Cho rume) e a liberação de gases tóxicos que atingem a camada de ozônio, colaborando para combater o chamado efeito estufa e as mudanças climáticas.

Na nossa administração, implantamos o aterro sanitário, vencendo duas grandes dificuldades: a necessidade de um terreno grande para ser instalado, o que inviabilizava sua localização em Natal. Negociamos, então, com a Prefeitura de Ceará - Mirim, que acatou a proposta. O aterro geraria impostos para o município e o isentaria do pagamento de taxas por um ano. Superada a primeira dificuldade, a outra dizia respeito aos custos.

Estudos técnicos provaram que era mais barato manter o lixão em Natal, no entanto, tínhamos em mãos uma solução ecologicamente mais correta para a cidade e para as pessoas que dividiam suas vidas com animais no aproveitamento dos restos de Natal. Era uma solução ambiental e social, que a nossa administração não podia relevar.

Os estudos provaram que era muito mais barato despejar o lixo em Cidade Nova, sem nenhum tratamento e, também, sem nenhum controle sobre os catadores. Mas tivemos a coragem de ousar e agir. Decretamos o fim do lixão e da aviltante imagem de pessoas disputando restos com urubus, cães, cavalos e porcos. Daí nasceu a coleta seletiva, levando dignidade a um contingente antes marginalizado. Infelizmente, tudo isso está ameaçado pela barbárie de uma administração que já se provou tantas vezes impotente. Atento à questão, o Idema já notificou a Prefeitura, pedindo uma rápida solução para o acúmulo de lixo em Cidade Nova, visto que a administração municipal está há meses sem pagar os caminhões que servem à coleta seletiva, fazendo com que os catadores voltassem à estação de transbordo de Cidade Nova. Isto é, regredimos ao absurdo de anos atrás. Faltam sentidos ecológicos e sanitário a quem se apossou do Palácio Felipe Camarão. Felizmente, resta pouco tempo para eles se recolherem à sua incapacidade. Natal espera por isso.
Matéria: Karol

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